“A elegância está ligada ao comportamento e não à roupa que se veste”, diz Glória Kalil
Para a consultora de moda, entrevistada no Roda Viva, o traje é importante, mas é a maneira de se apresentar que diz quem a pessoa é.
“Hoje, é a rua que manda na moda, e a rua é múltipla”, ressaltou Glória.
Segundo Glória, nos dias atuais não há mais tendência de moda como nos anos 50, quando você fazia parte da sociedade ou estava fora dela. “Nos anos 60, isso mudou um pouco, com os jovens contestando a etiqueta anterior, explica. “Dos anos 90 para cá houve uma grande virada, com a entrada em cena da informalidade.”
“Você pega uma foto da saída do Maracanã nos anos 50 e percebe que os homens vestiam terno, gravata e chapéu. Pega uma foto hoje e parece uma fuga da Febem. Os homens todos de bermudão, camiseta, boné. Isso não existia antes”, comenta.
Questionada se dá para ser pobre e elegante Glória dispara: “lógico que sim. Tem muita gente rica e mal vestida, deselegante”. E mais: “uma pessoa é elegante quando ela tem um comportamento elegante, e não só pela roupa que veste. A elegância está diretamente ligada ao comportamento”.
Glória traduz o estilo de Michele Obama, a primeira-dama dos Estados Unidos, como interessante. “Ela opta por estilistas jovens, usa roupas de loja de departamento levando a mensagem de que a pessoa pode estar bem vestida se tiver olho para escolher.”
A consultora, porém, não poupou aqueles que estão acima do peso. “Nada veste direito quando a gente está mais gordo. Mais magro veste melhor.”
Fonte: Assessoria de Imprensa TV Cultura