A prática da atividade física é, sem dúvida, primordial para a qualidade de vida e, nesse sentido, o esporte é uma dos exercícios que mais trazem benefícios ao organismo. Porém, na infância, a prática de esporte deve ser monitorada, pois diversas partes do organismo estão se formando ou desenvolvendo.
Na infância todas as decisões são tomadas pelos pais, e por isso deve-se tomar cuidado com as modalidades esportivas que são escolhidas para a criança. “É preciso estar muito atento para que não se cobre da criança um nível de desempenho não compatível com a sua idade. O esqueleto em crescimento pode ser muito lesado se receber uma carga de treinamento muito grande. Da mesma forma, a criança pode se desmotivar se perceber que não corresponde às expectativas dos adultos em relação ao seu desempenho, podendo assim desistir da atividade, sem ter a oportunidade de atingir seu potencial”, esclarece a ortopedista do Hospital do Coração – HCor, Patrícia Moreno Grangeiro.
Infância
A prática de esportes na infância é considerada sadia a partir dos primeiros passos da criança, porém essa atividade deve ser recreativa, sem exigir esforço físico. “A criança pode praticar esporte a partir do momento que começa a andar, mas não um esporte competitivo. A criança só tem maturidade esquelética e motora para praticar esporte de time a partir dos sete anos de idade. Antes disso são indicados somente movimentos recreativos, como atividades de correr, pular e atividades lúdicas que sugiram o ato esportivo”, aconselha o ortopedista do HCor, Dr. Sérgio Xavier.
Um dos esportes mais indicados é a natação que diminui os riscos de quedas e machucados, além de dar maior autoconfiança. Trabalhando com outras crianças o fator sociabilidade também será desenvolvido. Além disso, a atividade auxilia na melhoria de problemas respiratórios além de trazer benefícios no desenvolvimento psicomotor e na participação e construção do esquema corporal.
Fase escolar
Na fase escolar, em que a criança tem mais contato com as atividades esportivas, recomenda-se que um médico faça uma avaliação para a liberação do exercício. “As principais lesões são causadas por problemas não detectados antes da prática esportiva, como é o caso das dificuldades respiratórias. Do ponto de vista estrutural, temos que ficar atentos às mal-formações congênitas e aos desvios de coluna, que são comuns”, destaca Dr. Sérgio.
Pré-adolescência
Já na pré-adolescência surge a preocupação com a aparência e muitos jovens buscam em academias de ginástica a prática dos exercícios físicos para moldar o corpo e realçar a musculatura. Além disso, existem as dietas que já fazem parte da rotina de alguns jovens. “A busca dos exercícios físicos como uma forma de adquirir a aparência desejada ocorre com frequência. Mas deve-se estar atento para que a sobrecarga de exercícios, o desequilíbrio alimentar ou o uso de drogas não se associe a esse objetivo”, alerta Dra. Patrícia.
De acordo com o Dr. Sérgio, a criança ou jovem deve fazer apenas exercícios aeróbicos como pedalar e correr. Na academia não é indicado a realização de séries pesadas de exercícios, respeitando sempre o limite de cada indivíduo para que a atividade não prejudique ao invés de auxiliar no desenvolvimento. “Treinos pesados, com o objetivo de definir a musculatura, não são recomendados, pois o excesso de peso inibe o hormônio de crescimento e desacelera o desenvolvimento da criança. Por exemplo: os levantadores de peso olímpicos são, na maioria, de baixa estatura”, ressalta Dr. Sérgio.
Fonte: Target Consultoria em Comunicação Empresarial
Informações concedidas pela Assessoria de Imprensa do HCor – Hospital do Coração