Além de saboroso, o chocolate também auxilia no combate a diversas patologias
A páscoa se aproxima e com ela o chocolate torna-se o personagem principal. Branco, amargo, ao leite, não importa. O chocolate nesta época é opção de presente em formato de ovos maciços ou ocos, recheados com pequenos brinquedos, bombons ou doces variados. O fato é que seu consumo aumenta significativamente nesta época do ano. Uns dizem não gostar tanto assim, outros adoram.
Mas afinal, o chocolate faz bem ou não? Conhecido por ser uma substância anti-fadiga, que combate o cansaço e o desânimo, o chocolate é um alimento calórico que possui efeitos benéficos à saúde. Isso devido aos polifenóis – substâncias antioxidantes e protetoras contra uma série de doenças.
De acordo com o nutrólogo e médico antroposófico, Dr. José Roberto Kater, ‘um tablete de chocolate de 50 gramas tem duas vezes mais polifenóis do que um copo de vinho tinto e tanto quanto uma xícara de chá verde. Os polifenóis contêm cerca de 20 a 45% do peso da fava de cacau e são excelentes antioxidantes’. Para se ter uma ideia, uma xícara de chocolate quente possui atividade antioxidante maior que uma xícara de chá preto, três vezes maior que uma xícara de chá verde e o dobro que um copo de vinho tinto.
Como antioxidante, o cacau é protetor cardiovascular e agente diminuidor da pressão sanguínea, contribuindo para reduzir a oxidação das proteínas que formam as placas de ateroma que obstruem as artérias e diminuindo a agregação das plaquetas, o que diminui também o risco de formação de coágulos. ‘Mas, um alerta: este fator protetor não acontece se o chocolate for consumido com leite, pois o mesmo prejudica a absorção dos polifenóis’, explica o nutrólogo.
O doce mais consumido no mundo é encontrado em bebidas quentes, drinques, tabletes e ovos de páscoa. Utilizado há cerca de três mil anos, hoje o chocolate virou sensação e é preparado de maneira diferente do que em tempos passados, onde as favas eram torradas e moídas; depois se acrescentava água e temperos como pimenta e canela; tudo era aquecido até se obter uma bebida espessa.
‘É então que surge a palavra ‘chocolate’, que vem do fato de o preparador bater a massa para dissolvê-la e fazer uma espuma produzindo um som característico, o ‘xoco’ que é igual a barulho’, comenta Dr. Kater. As favas do cacau são compostas de 50 a 57% de gorduras, na sua maioria do tipo saturada, com aproximadamente 35% de ácido esteárico e 25% de ácido palmiticomas. ‘Uma parte das favas é de ácido oléico, monoinsaturado, que é encontrado também no óleo de oliva e tem bons efeitos sobre o sistema cardiovascular. Já o chocolate amargo tem pouco impacto sobre o colesterol’, afirma o médico que finaliza: ‘se consumirmos 40 gramas de chocolate preto por dia contendo70% de cacau, estaremos ingerindo uma boa quantidade de polifenóis e com isso proporcionando benefícios à prevenção das doenças cardiovasculares.’ Agora é cuidar das calorias e não abusar!
Fonte: Time Comunicação