A data foi escolhida para homenagear e comemorar o aniversário do escritor dinamarquês Hans Christian Andersen, um grande nome da literatura infantil. Sendo assim, desde 1967 o Conselho Internacional sobre Literatura para Jovens (IBBY, sigla em inglês para International Board on Books for Young People) declarou o dia 2 de abril como o “Dia Internacional do Livro Infantil”.
O escritor dinamarquês Hans Christian Andersen ingressou totalmente na literatura infantil desde 1828, sempre foi motivado pelo romantismo, e entre algumas das sua principais obras estão: O Soldadinho de Chumbo, A Pequena Sereia, O Patinho Feio, A Princesa e a Ervilha, A Polegarzinha, etc, etc…
Além de ser mais um incentivo a leitura infantil, mas também uma maneira de unir os países num despertar para esta data. Já que a cada ano, um país é escolhido para patrocinar o “Dia Internacional do Livro Infantil”, celebrado mundialmente.
O país em destaque para determinado ano, escolhe um tema, um autor ou autora para ser homenageado. Além de um ilustrador ou ilustradora que também é responsável por criar um pôster de divulgação para esta data tão especial.
O Brasil esteve em destaque nesta responsabilidade nos anos de 2003 e 2016. Em 2003, o destaque ficou por conta da autora Ana Maria Machado, com o tema “O mundo em uma rede encantada”. O pôster foi feito pelo ilustrador Rafael Fabrice Yockteng Benalcázar.
Já em 2016, a homenageada foi a autora e escritora Luciana Sandroni, com o tema “Era uma vez”, e o pôster foi feito pelo ilustrador e escritor Ziraldo.
Neste ano de 2021, a escolhida foi a autora e escritora cubano-americana, Margarita Engle. Já a ilustração ficou por conta do ilustrador Bernardo P. Carvalho, vencedor do Prémio Nacional de Ilustração em 2020.
A literatura infantil é muito rica entre nomes e renomes de grandes autores e autoras, ilustradores e ilustradoras, que diversificam a cada novo ano uma grande variedade de livros de histórias reais ou fictícias, contos, fábulas…
Num país rico em literatura e grandes autores e autoras como o Brasil, é importante criar o hábito da leitura dentro do ambiente familiar. Os primeiros e reais incentivadores ao hábito da leitura devem ser os pais, que num momento coletivo de abraço familiar possam fortalecer este momento como contadores de histórias.
Além de ser um momento acolhedor, as crianças são curiosas e ficam aguçadas para ver ilustrações que retratam a história, curiosas para saber o desenrolar do enredo e o desabrochar dos personagens. E ficam atônitas para concluir o final da história. É um momento que chega a ser lúdico entre os pais e os filhos. É divertido, garante instantes de aproximação, de carinho e dá prazer para todas as partes envolvidas. É uma ocasião de descontração, aprendizado e muito amor envolvendo as páginas, as palavras, as letras, as imagens. Desenvolve a imaginação, aumenta o vocabulário dando mais credibilidade a linguagem infantil e riqueza no conhecimento de fatos, lugares, personagens sejam eles humanos ou animais; elementos da natureza ou coisas do mundo em geral.
Enfim, a literatura desde os primeiros anos de vida só tem a acrescentar. Só temos a agradecer a todos os responsáveis por esta profissão tão digna e memorável em histórias que refletem nas nossas lembranças, nas nossas vidas e que podemos passar adiante.
Leia abaixo a mensagem da homenageada de 2021, Margarita Engle. Uma mensagem tão maravilhosa que chega a soar música aos nossos ouvidos. Confira!
A música das palavras
Quando lemos, crescem-nos asas na mente
Quando escrevemos, cantam os dedos.
Palavras são batuques e flautas na página
altos trinados, elefantes bramindo,
rios que correm, águas caindo,
pirueta de borboleta
longe no céu!
As palavras convidam à dança – ritmos, rimas, batidas
das asas, do coração, dos cascos no chão, contos velhos e recentes,
fantasias e verdades.
Quer estejas quentinho em casa
ou a atravessar o mundo para uma terra diferente
e uma língua estranha, as histórias e poemas
pertencem-te.
Quando partilhamos palavras, a nossa voz
torna-se a música do futuro,
alegria, amizade e paz,
a melodia da esperança.
Margarita Engle
(Tradução de Ana Castro)
